Esse tema foi tirado do site www.arcauniversal.com que também foi tema do programa Fala que eu te escuto de ontem (14/04 senda-feira) na TV Record
Decisões judiciais contra músicas de funk:
Ferem a liberdade de expressão ou preservam a moralidade social?
A história do funk brasileiro está repleta de artistas que, sob o pretexto da arte, propagam o sexo banalizado e descabido pelos quatro cantos do país. Afinal, quem não se lembra da polêmica gerada pelo "tapinha que não dói" ou então do já esquecido "Tchan" Distanciando-se cada vez mais de suas origens, o funk de hoje adota temas como a exclusão social, a violência nas grandes cidades, o crime, o submundo, ou seja, o lado negro do mundo. Mas o que faz sucesso, já constataram os artistas, é mesmo o sexo. O sexo selvagem, que
beira o animalesco, muitas vezes descrito e incitado como o único objetivo de homens e mulheres.
"Pra dançar o créu tem que ter disposição
Pra dançar o créu tem que ter habilidade
Pois essa dança não é mole não
Eu venho te lembrar que são cinco velocidades
Créu...créu...créu...créu...créu...créuuu..."
De autoria do "funkeiro" Mc Créu, esse hit se tornou, em pouquíssimo tempo, o mais executado pelas rádios e bailes funk de todo o país. Apesar do conteúdo musical praticamente inexistente, o forte de Mc Créu está, sem dúvida alguma, no apelo sexual de suas performances. Durante a execução da música, o funkeiro leva o público ao êxtase quando, ao som ensurdecedor de "A Dança do Créu", faz movimentos rítmicos e rápidos que lembram o ato sexual. Não demorou praticamente nada para que o "créu" saísse dos bailes funk e fosse parar no futebol. A cada gol marcado, a moda é comemorá-lo com, nos campos, como faz Mc Créu nos palcos.
Diante de tudo isso, a Comissão de Arbitragem da CBF orientou oficialmente seus árbitros a coibirem comemorações que provoquem torcedores e adversários presentes a estádios. Entre elas, a polêmica Dança do Créu, que, para muitos, é bastante ofensiva.
Segundo a CBF, a medida atende a uma determinação da própria Fifa, que pede à arbitragem de seus quadros que puna comemorações que insuflem ou ridicularize torcidas rivais. A CBF garante ainda que o problema não está apenas com a Dança do Créu, afinal, ela é apenas uma das comemorações polêmicas que a CBF espera conseguir afastar dos estádios.
Obviamente, enquanto para uns a medida traz à memória os obscuros Anos de Chumbo, marcados pelo intenso processo de censura a todos os meios de expressão, para outros, a decisão é, se não uma garantia, ao menos uma tentativa de garantir respeito, disciplina e conduta social. E isso não apenas dentro dos campos, mas também nos lares e no caráter de cada um de nós.
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